Esta não é a primeira exposição do 13 Luas, um coletivo que integra artistas da região. De facto, o 13 Luas tem já dialogado na cidade de Tomar em três exposições lá realizadas, encontrando, doravante, um mais amplo espaço interventivo.
As suas produções apresentam-se sem limites temáticos e sem fronteiras técnicas, agregando a ideia de participação, na interferência do lugar que é comum.
Quando a arte se junta assim, estimula sempre uma oportunidade de provocação, de referência à memória, a possibilidade de questionar, agita momentos de encontro.
Transgredindo um tempo “para dentro” de estagnação e receio, os artistas navegam além das realidades e dos constrangimentos,assumindo os lados contrários do controlo
e da ansiedade pois é na fluidez líquida da entrega que a arte se manifesta.
Uma rede criativa de projetos contribuem assim para o pulsar das ideias que alimentam o sentido de pertença, identidade e,nesta partilha franca, o afeto que é manifesto neste coletivo 13 Luas. Uma região é sempre mais rica quando reconhece os seus artistas e os seus talentos. Quando incorpora, na sua anatomia cultural, os contributos de quem traça ideias e pinta com o espanto. É sempre um convite para transpormos o portal do que é imediato e acedermos à dimensão onde se ressignificam as coisas que realmente importam.
13 Luas… projeto nascido de um convitedo pintor Sam Abercromby a outros pintores da região.
Tendo solicitado espaço expositivo para si e sendo-lhe facilitado pelo município de Tomar “Moagem a Portuguesa”, com cinco andares disponíveis, rapidamente Sam Abercromby imaginou todo o complexo em exposição, reunindo assim arte, amigos e mancha cultural no taciturno lugar de Templários em oposição ao fecho do antigo espaço de tertúlia na Casa Vieira Guimarães.
Num jantar/tertúlia em sua casa surge o desafio com o título de “13 Luas”… que queremos persistente e incomodativo em qualquer lugar, neste grupo de amigos e na sua área de intervenção.